Bruno Almeida, Caio Jacintho, Judite Cypreste
10
July
2023
Em uma organização tão grande como a Prefeitura do Rio de Janeiro, uma quantidade imensa de dados é gerada a todo momento pelos diferentes órgãos municipais.
Essa descentralização na produção de dados, entretanto, dificulta o desenvolvimento de políticas públicas embasadas em informações de diferentes esferas políticas. Isto acontece, pois o acesso a esses dados é difícil, já que é preciso consultar cada um dos órgãos individualizadamente.
Pensando em resolver esta situação que o Datalake da Cidade do Rio de Janeiro foi construído pelo Escritório de Dados. Bom, se agora já temos os dados gerados pelos órgãos em um só lugar, como ficam as análises destes dados?
Com esta demanda, o Escritório de Dados optou pelo Metabase para nos ajudar nesta missão. Neste texto explicaremos por qual razão escolhemos esta ferramenta e como ela vem nos ajudando a centralizar análises e visualizações de dados em um só lugar.
PORQUE O METABASE?
O Metabase é uma ferramenta popular de Business Intelligence (BI) que oferece diversas vantagens para as empresas que o utilizam como sua principal solução.
Ao analisarmos as opções disponíveis, algumas características do Metabase foram determinantes para a nossa escolha. Entre elas, destaca-se o fato de ser uma ferramenta de código aberto, com uma comunidade ativa de desenvolvedores, e, claro, o fato de ser gratuita.
As visualizações produzidas na plataforma ficam armazenadas e organizadas em um sistema de pastas. Isto simplifica o processo de encontrar e compartilhar as visualizações, garantindo que as informações sejam acessíveis a todos os membros da equipe.
Além disso, o Metabase oferece recursos avançados de segurança e controle de acesso. Os administradores podem definir permissões granulares para determinar quem pode acessar, visualizar e interagir com os dados. Essa flexibilidade garante que apenas as pessoas autorizadas tenham acesso às informações confidenciais, protegendo a integridade dos dados.
Essa característica é particularmente importante para nós, uma vez que, mesmo sendo uma ferramenta de uso interno da prefeitura, existem dados sigilosos que devem ter seu acesso restrito a apenas algumas pessoas.
Sua interface intuitiva e amigável torna a exploração e visualização de dados acessíveis mesmo para usuários sem conhecimento técnico.
Além disso, o agendamento de tarefas e programação de alertas permitem a atualização automática de relatórios e notificações com base em métricas específicas, mantendo os usuários informados sobre os indicadores de desempenho essenciais.
Entre suas desvantagens, é importante mencionar que o Metabase possui opções de personalização limitadas em comparação com suas concorrentes mais conhecidas, como o Power BI e o Looker. Embora seja excelente para a criação de visualizações rápidas e úteis para tomada de decisões, se o objetivo é desenvolver um dashboard com visualizações únicas e um design avançado, talvez o Metabase não seja a escolha mais indicada.
Entretanto, para o uso entre membros de uma mesma equipe, que compartilham relatórios, painéis e consultas, e colaboram por meio de comentários e discussões diretas na plataforma, a ferramenta tem se mostrado eficaz, fortificando ainda a cultura de análise de dados e eficiência na tomada de decisões na Prefeitura.
Este foi o primeiro de uma série de textos que o Escritório de Dados preparou sobre a ferramenta e possibilidades de uso na Gestão Municipal.